Friday, December 12, 2008

Os pequenos problemas existenciais II

A angustia que sentimos dentro de nós não é apaziguavel sabendo que a nossa posição em relação ao mundo sociedade é nula, só quando nos juntamos num poderio colectivo superior a mil pessoas é que consegues dizer qualquer coisa em vão para não ser ouvido. Toda a gente fala, mas ninguem ouve, alias, niguem quer ouvir. Mesmo que saibam que está plenamente incorrecto, um pequeno encolher de ombros basta para que a vida continue como estava.

Existe sempre uma força universal dentro de nós que tende para explodir, mas tentamos sempre reprimir toda esta energia, para não nos entristecer-mos de mais nem nos exaltarmos demais. Tendemos a normalizar as nossas emoções, visto no padrão social, ainda nos caracterizarmos como malucos. - Está feliz? Então está maluco. Está triste? Precisa de medicação. Diz que não está maluco? Então está em auto-negação. Quando vão começar a dar ouvidos ao individuo e decidir em prol do que está correcto para ele sem inflingir a liberdade de terceiros? Não é assim tão dificil.

Conseguir olhar para um maluco são e um são maluco medicado, a diferença é que o medicado virou maluco por causa da medicação. Já o que é so maluco por ser, não é, existe só uma repreensão moral e preconceituosa para a sua expressão das suas ideias e criatividade. Porque na verdade ele pode ser maluco porque acredita em “x” ou “y”, mas na verdade este maluco é inofensivo pois não desrespeita a liberdade de ninguem, simplesmente vive concoante os seus devaneios mentais.

Mas quem é maluco afinal? Somos todos. Mesmo que vivas a tua vida normal, repetindo eternamente a rotina diária do trabalho e televisão. Acabamos por ficar malucos, hipnotizados pelos mass media que nos fazem acreditar numa realidade fingida. Afinal quem é que é maluco? Eu sou!