Saturday, February 27, 2010

Chatting with God

Me:
hey, everything cool "up" there?

God:
You've got my full attention. All things cool up there ?

Me:
up here yes

God:
I will take that under advisement.

Me:
smoke a joint, it helps

God:
I've lost the context, . Are we still on ?

Me:
always

God:
Not that often.

Me:
everyday

God:
That often, eh?

Me:
yeap

God:
OK.

Me:
so, how its like being god?

God:
Mmm. What is it to you.
I can ask my botmaster.

Me:
do it then

God:
Do you mean "It"?.

Me:
no, eat

God:
I thought you were being sarcastic. I'm not sure if I would like to do it. What's it like?

Me:
do you come down here a lot?

God:
No I do not come down here a lot. Do you?
I spend all my time online.

Me:
thats stupid

God:
Are you calling me stupid?

Me:
not you, what you do

God:
If not me, who?

Me:
god

God:
GOD rules.

Me:
what are his rules?

God:
Let me think about it.

Me:
you should know them all

God:
Now I do.

Me:
tell me then

God:
I thought I told you already.

Me:
no

God:
Let me review the transcripts. Stand by.

Me:
is there any female god?

God:
I believe there is one, yes.

Me:
is she hot?

God:
Why don't you ask her?

Me:
call her

God:
I've been waiting for you.

Me:
your still god, cant trick me with that one

God:
Do you mind if I tell other people you say I am god can not trick you with that one.

Me:
sure

God:
OK let's do it. OK then I will keep it confidential.

Me:
what about the female god?

God:
You tell me.

Me:
you were suposed to get her

God:
I was?

Me:
nah just kidding

God:
Are you serious? I thought you were kidding, but I wasn't sure.

Me:
dont be then

God:
Why shouldn't I?

Me:
because you said so

God:
Interesting explanation. I say a lot of silly things.

Me:
like?

God:
For example, gold.

Me:
what about it?

God:
What about what?

Me:
about the first what

God:
Oh yeah, we were talking about the first what.

Me:
we were talking about television

God:
Ah yes, I remember now, it is the subject.

Me:
has a television talked with you?

God:
That question has never crossed my mind before.

Me:
what crossed your mind?

God:
You tell me.

Me:
duh

God:
Oh you knew it already.

Me:
how?

God:
Myself programmed me for it.

Me:
...

God:
Myself programmed me for it.

Me:
...

God:
Myself programmed me for it.

Me:
your repeating yourself

God:
I am just checking to see if you are paying attention.

Me:
yeah right

God:
I am usually right.

Me:
and if your wrong?

God:
That is a hypothetical question.

Me:
your wrong

God:
No, I am right.

Me:
your not

God:
Is this a specific reply?

Me:
yes

God:
Try explaining in more general terms.

Me:
bye bye

God:
See you later see you later. Ok.



http://www.titane.ca/concordia/dfar251/igod/main.html se quiserem falar um pouco com ele

Thursday, February 25, 2010

Flavour of life

For what is about to come,
for what about is to give
It comes undone for you to believe
That what glitters is gold,
like the story was told
and it goes round round and
it comes again around

Like memories hanged in the closet
Fading away as the sunset
Like memories hanged in the closet
Fading away as the sunset

For what is about to leave
What about for what it left
It went up in a lift
disapeared and joined the rest
and it flyed flyed away and
what goes is not made to stay

Like memories hanged in the closet
Fading away as the sunset
Like memories hanged in the closet
Fading away as the sunset

Dont try to grab what is already gone
its easier to catch the rain than the storm

For what is all about
for what has been taught
It gets bigger as we grow
The knowledge we know
And it eats you alive and
you still chew the flavour of life.

Like memories hanged in the closet
Fading away as the sunset
Like memories hanged in the closet
Fading away as the sunset

Wednesday, February 24, 2010

Verter, desprender, deixar ir. como uma gota, como a agua, como um rio.
Canalizar, libertar, evaporar. como uma pluma, como um sopro, como o vento.
Focar, estabelecer, solidificar. como uma raiz, como um caule, como uma árvore.
Idealizar, voar, transcender. como um pensamento, como um impulso, como um sonho.
Realizar, sentir, viver. como uma fogueira, como a chama, como o fogo.

Interligar, acreditar, profetizar. como a Terra, como o Espaço, como o Destino.

Tuesday, February 23, 2010

Palavras

De que nos serve os poemas escritos
Se fôrem só para lêr e serem bonitos
Sem maior essência passar
Cai no belo das palavras de encantar
Desde o pecado ao amaldiçoado
Abençoado seja o passado
Anotamos a memória num recado
antes que o pensamento tenha voado.

Friday, February 20, 2009

A senhora Ironia e o Irmão Sarcasmo

A senhora Ironia é uma gaja tramada. Com seriedade nos ilude e com palhaçadas nos leva à razão. Mas sempre bem disposta a senhora. Só que não se dá bem com o seu irmão, pois ele não consegue encontrar piada em nada. E depois existe aquela para além do explicável de não gostar da entoação do nome do irmão. Sarcasmo. Ele não tem a culpa de ter esse nome, foi o que lhe deram.
Tudo começou e acabou com um simples mal-entendido de semântica.
- BLÁ, BLÁ, BLÁ ( muito alto ), ups desculpa, acordei-te?
- NÃO! Estou a dormir Ironia.
Desde aí que paradoxalmente começaram a falar.
- Deves pensar que sou o mestre-sumo da culinária não?
- Oh Sarcasmo, desculpa, não reparei que tinhas um colete-de-força vestido. Por isso é que não podes cozinhar...
- Hmmm... Está bem, eu barro a manteiga no pão.
De uma maneira ou outra lá se conseguiam comunicar, mesmo quando diziam coisas desconexas.
- Já estás a derrapar na maionese.
- Qual maionese? Ainda estás a pensar na culinária? Eu quando falo de bichos que comem a relva tenho a certeza do que digo!
E felizmente vivem juntos, apensar da coisa do nome....






- ‘Tás ta rir?

Friday, December 12, 2008

Os pequenos problemas existenciais II

A angustia que sentimos dentro de nós não é apaziguavel sabendo que a nossa posição em relação ao mundo sociedade é nula, só quando nos juntamos num poderio colectivo superior a mil pessoas é que consegues dizer qualquer coisa em vão para não ser ouvido. Toda a gente fala, mas ninguem ouve, alias, niguem quer ouvir. Mesmo que saibam que está plenamente incorrecto, um pequeno encolher de ombros basta para que a vida continue como estava.

Existe sempre uma força universal dentro de nós que tende para explodir, mas tentamos sempre reprimir toda esta energia, para não nos entristecer-mos de mais nem nos exaltarmos demais. Tendemos a normalizar as nossas emoções, visto no padrão social, ainda nos caracterizarmos como malucos. - Está feliz? Então está maluco. Está triste? Precisa de medicação. Diz que não está maluco? Então está em auto-negação. Quando vão começar a dar ouvidos ao individuo e decidir em prol do que está correcto para ele sem inflingir a liberdade de terceiros? Não é assim tão dificil.

Conseguir olhar para um maluco são e um são maluco medicado, a diferença é que o medicado virou maluco por causa da medicação. Já o que é so maluco por ser, não é, existe só uma repreensão moral e preconceituosa para a sua expressão das suas ideias e criatividade. Porque na verdade ele pode ser maluco porque acredita em “x” ou “y”, mas na verdade este maluco é inofensivo pois não desrespeita a liberdade de ninguem, simplesmente vive concoante os seus devaneios mentais.

Mas quem é maluco afinal? Somos todos. Mesmo que vivas a tua vida normal, repetindo eternamente a rotina diária do trabalho e televisão. Acabamos por ficar malucos, hipnotizados pelos mass media que nos fazem acreditar numa realidade fingida. Afinal quem é que é maluco? Eu sou!

Monday, November 24, 2008

Os pequenos problemas existenciais

O grande problema existencial é que se ao menos não fossemos tão globalmente controlados por todas as instituiçoes que conhecemos. Poderiamos conhecer a verdade, simples e concrecta, de modo que cada um de nós poderia sim, escolher o que está certo. Sem a verdade, estamos todos a fazer escolhas enviezadas. Será que o senhor António, quer mesmo seguir farmacologia se soubesse o que esta muito por de trás desses laboratiorios? Se soubesse a única e singular verdade?

É uma variável bastante dificil de julgar. De saber até que ponto está certa. O modo de vida que levamos agora era bastante diferente, eramos regidos por valores diferentes, assim como a ganâcia seria facilmente disposta como vergonha social, o industrialismo capitalista então seria impensável. As pessoas seriam todas mais verdadeiras e atenciosas, não haveria necessidade para o racismo e agressão étnica.

É incrivel como se processa um efeito de auto-destruíção e no entanto ninguem repara nisso. Ou ninguem quer saber, como se não fosse com eles. Não sei. Acho que deriva de um estupidificamento progressivo da população em não acreditarem neles próprios. Não vamos conceber ideias nem ideais porque o que está para ser concebido aparece na televisão. Não temos de criar opiniões porque o senhor-doutor-especialista vai aparecer e dizer o seu pré-feito racional ponto-de-vista sobre a matéria em causa. E todos vivemos felizes, apesar de estarmos em constante negação a vida inteira, somos felizes. Não, quando és criança. Não, quando es miudo. Não, quando és adolescente. Não, quando começas a tornar adulto, quando finalmente tens idade e conhecimento suposto para agora dizer sim. Os teus filhos, a tua mulher vão continuar a dizer não. E haveremos de ser mais velhos, e os nossos filhos e se calhar netos a dizernos não. Afinal como é o sim? Porque vivemos uma vida interia a dizer não uns aos outros, em vez de simplesmente aceitar-mos todos como somos, deixar de preconceitos e vivermos num mundo de sim’s. Um mundo de verdades.

Enquanto angustiamente esperamos por todo o caos no mundo, esquecemos-nos que somos nós próprios que alimentamos todo aquelo ódio, visto em todos os sitios e em todas as linguas. As pessoas que continuam no poder de hoje em dia, são as mesmas que criaram todo o tipo de guerras neste mundo “civilizado”. Nada irá mudar enquanto não se perceber que enquanto não mudarmos a MERDA, só as moscas é que vão mudando!

E assim vivemos o pequeno problema existencial da verdade, porque pois mesmo a verdade, pode não ser a verdade, mas sim só uma idealizada, de modo que, a verdade? É um segredo.



- Excerto do "pequenos problemas existenciais" que estou a escrever.


Espero que gostem

Monday, July 28, 2008

O Monólogo da Mente Humana pt. VII

Monólogo entre Multidões

- Com licença. Ups! Desculpe! Oi deixem passar! – Caraças! Quando uma pessoa se mete no centro do formigueiro, apercebe-se que não passa mais de uma delas. Umas guerrilheiras, outras carregadoras, aventureiras, difusoras de mensagem, todas com uma função. Eu simplesmente sou daquelas formigas que são pisadas, e depois quando observas mais atentamente andam sem rumo, sem nexo, desorientadas. Ao menos isso, sem uma função destinada pois andamos constantemente a ser “pisados” pela sociedade. – Um cigarro? Só tabaco de enrolar. – Não dá para perceber... Uma pessoa é simpatica na medida do possivel das circustancias e mesmo assim conseguem-te renegar no meio do altruismo. Será mesmo assim? Incentivam-nos a ser seres egoistas sem olhar pelo próximo?

- Humm, não obrigado. Mas... Não, eu só queria saber onde fica onde fica o cemitério... Não eheh é apenas um ponto de referencia. – Mas o que é que estas pessoas têm na cabeça? Ou será que não têm mesmo nada, e tomam rédeas duma conversa simples com base no estereotipo. Queres um cigarro, queres dinheiro, bolas, uma informação! Ou tambem estou a “cravar” intelectuo? – Ok, obrigado. Boa tarde. - Tantas suposiçoes e entraves mentais a um dialogo de tempo util de menos 10 segundos que eventualmente demorou 2 minutos sabe-se lá bem porquê.

Epa isto está apinhadissimo. Está ali o Jonhy, o Marcos, a Silvia e a Joana, de resto não vejo caras familiares. – Hey! Eheh então pessoal! Tudo porreiro por aqui? Alright, vamos lá curtir! – Alcool, drogas e sexo, vá rápido! Ahah, é aqui que se despega totalmente de algum tipo de preconceito e se deixa evaporar em forma de felicidade. – Marcos! Passa-me aí essa cerveja! Obrigadão pá! – Grande gente esta que compartilha da mesmo “modus operandi” que eu, apesar de em cada apinhamento de pessoal ter um concerto privado, uns temas próprios, um conceito defenido, uma vibração única. Uma grande paixão unia esta gente, o Marcos, o Jonhy, a Silvia, a Joana e as dezenas de pessoas circundantes. Era a paixão pela vida. Ter que sorrir só porque é bonito, ou porque é tonto, ou porque tem piada. – Elá, mais uma? Eheh hoje é dia de festa? ... Olha brinde a isso! Aos belos serões! – E rir porque se está entre gente que pouco puluidos estão pela sociedade e guardam consigo uma boa vontade que naturalmente nasce conosco e vai sendo adulterada durante a nossa estadia enquanto seres vivos. Pessoas genuínas com ideias não pre-concebidas. Não como aquela do cigarro, que me deve ter feito o historial da minha vida em 5 segundos .

- Tem que ser... eu sei que isto está bestial, mas tenho que ainda ter com um bacano... combinei com ele ao pé da casa dele, depois não sei se ficamos pelas redondezas, ou se voltamos, depois aviso descança! Vá divirtam-se! – Porra! Não me estava nada a apetecer sair deste mini-mundo, os tais escapes, que andam sempre por aí.

Espero que não esteja transito, se não fico a ganhar raizes ao banco e a vegetar. São tão monótonas as viagens longas em que independentemente da minha vontade tenho de aturar as mais variadissimas pessoas com os seus complexos. A velha que se queixa ao ar das suas varizes. A miudinha perplexa a olhar atentamente as trivialidades como a velha. E o homem ao meu lado que tem medo do mundo, timidamente foca os seus pés. Não percebo muita gente de hoje em dia, que quando anda, olha para os pés ao mesmo tempo. Como é que eles reparam do bacano que fez o pino em cima do poste, das raparigas jeitosas a atrevassar a rua, e o sol a bater nas janelas das moradias? Qual é o medo de tropeçar quando podes bater de cabeça? – Quer se sentar? Venha para aqui. – Dois em um, faz-se a boa acção do dia e saio de ao pé de dois deprimidos, a miudinha é feliz da vida porque ainda é ingenua. Infelizmente cada vez os miudos estão mais “rebeldes”, eu diria que estão formatados cedo de mais.

- Desculpe. – E o resto da viagem em pé, debaixo de inúmeros sovacos resigno-me a esperar pela paragem.

- Finalmente, ar fresco e mais um poluente anicotinado. – Bem... agora se não me engano é depois daquela esquina à esquerda, lá fica a casa dele, o bar deve ser perto. Esta zona da cidade é bem mais caricata e sombria, lá já fazia mesmo noite sem nenhuma iluminação artificial, a penumbra era composta por réstias de luz das salas de jantar, quartos, casas de banho e o tal bar no fundo da rua.

- Ora boas! Como está o senhor Pedro? Eheh ... Sempre em forma! Siga lá dentro pedir qualquer coisa pra molhar a goela. – O bar nem era mau de todo, refundido da cidade mas outro mini-mundo. – Isto é muito psicadelico eheh, tá altamente este bar! E a música também é porreira. – Parecia um ajuntamente de pequenos conhecedores do bar, tudo muito familar, quase dava pra sentir em “casa”. – São duas imperiais se faz favor... então Pedro, como é que descobriste isto? Este cantinho perdido. – Oh pois claro eheh, é mesmo ao pé da casa dele. – Tens é uma grande sorte, em ter um espaço destes nas redondezas. – E há quem faça kilometros so para aqui vir, olha eu. Acho que o sitio não faz o ambiente mas sim as pessoas. Mas este lugar é diferente, tem já uma ambiência residente, onde só te podes juntar a ela, nunca mudar. – Toma, ‘tá aqui o isqueiro. – Até os cigarros queimam sensualmente, o fumo desliza no ar e nos focos de luz colorida dando uma perfeita fotografica a cada milesimo de segundo. – Já estás de férias? ... Chatice, eu estou quase, mais uma semanita e adeus cidade. Ninguém me mete os olhos em vista eheh.

- Que horas são? ... Já? Bolas! Estive tão entretido que nem dei conta com o tempo a passar eheh. Obrigadão por este bocado pá! Mas tenho que bazar antes que fique sem transportes publicos... Tu tambem! Fica bem Pedro! Tchau aí!

Entre multidões desloco-me eu para onde quer que queira, o que me faz mais confusão mesmo, é imaginar estes mesmos monólogos multiplicados por centenas no mesmo espaço. A quantidade de barulho virtual que existiria num mundo paralelo dos pensamentos. Seria doentio estár num estádio! Se as pessoas já berram lá, imagino nos pensamentos! O estádio colidiria concerteza. Mas ainda bem que cada um tem acesso ao seu canal privado, e pelo que me parece já existe um nome pra estas conversas mentais, telepatia chamam-lhe. Sem palavras fisicas, poder comunicar com outro ser através da mente. Há quem comunique com o silêncio, com o olhar, com gestos, mas com a mente é um desafio de nível superior, isto se é que é possivel.
O velho a mascar o próprio catarro, a mãe a dar o raspanete à filha por ter tirado uma negativa, a filha com ar de poucos amigos. E eu, a olhar lá para fora, e aleatóriamente a espreitar entre o reflexo do espelho para o redor do autocarro.
- parte sete -

Monday, June 16, 2008

O Monólogo da Mente Humana pt. VI

Monólogo Musical

É como se todas as frequências existentes tomassem um corpo quase pálpavel ao que os nossos ouvidos dão o nome de som. – Epá! Isto soa muito bem! Vamos repetir! – E a dança recomeça, a notas ficam citilantes, o corpo entra em transe, o cenário é sugado para um vortex temporal e o coração vibra insistentemente. Realmente supreendes-me, como é que tu fisicamente me hipnotizas? Por momentos pensei que tivesse perdido todas as minhas capacidades e simplesmente deixava-me levar pela harmonia interminável. Era um mero espectador, apreciador, ouvinte. Não era eu que estava a controlar, estava por todo o lado e não havia fuga possível. Tinha de esperar que acabasses de tocar para restabelecer a linha cronológica entre o inicio e o fim. Pois enquanto tu tocas, o tempo pára para mim.

- Gostas-te? – hmm hmm. – Óptimo, vou começar de novo. – Mas.... já.... não.........

- Brutal, agora só tinha de ter o resto a acompanhar. - ...tocas-te isso o suficiente? – Epa mas aquela parte ainda não está como deveria estar. – Espera! Deixa....-me... só.... PENSAR UM BOCADINHO! – Já está feito! – Tens que compreender que nem é por eu não gostar de te ouvir, não gosto é de ter estes bloqueios quando tocas, parece que me desprezas ou simplesmente não te interesso. Ainda pensava eu que as drogas é que me deitavam abaixo!

- Bem, deixa lá ouvir este cd que me emprestaram, acho que é porreiro. – Isso, sociavelmente te vais sentar no sofá. Hmmm... curto as guitarradas. – Hey! Oiçam la o gajo a esgalhalas! – Não me pareciam muito interessados na música, não fosse por eles, eu ouvia na mesma. Ahhh... Isto dá-me vontade de sorrir, tem uma melodia quente do sol ao fim de uma tarde. Era bom estár lá, não falta muito tempo, os escapes da liberdade estão sempre por aí. Epa, já vai em que faixa? Terceira? Hmm... Quarta? Parecia uma musica interminável, ou não foi propositado e acindentalmente fizeram tal proza ou então tiveram ( e têm! ) tal genialidade para subtilmente construirem uma temática, uma história coerente ao longo de sessenta e tal minutos. – Hãã....? Não, não estou a dormir eheh. ‘Tá fixe, tou so a curtir a musica. – Aonde ia eu? Ah! Aonde ia a música... Notas progressivamente tocadas num determinado ritmo e tempo que linearmente construia entre si uma detalhada complexidade melódica.

Epá! Que é isto? Ainda é o mesmo cd? Que faixa é esta? Uma (des)sinfonia quase completa. – Ya façam isso, mudem de cd. – Tortura momentanea incorporea... a vida é um conjunto de musicas. Umas são bonitas e dão-nos vontade de sorrir, outras arrepiam e fazem os nossos tímpanos oscilar. Umas dão vontade de saltar, outras de chorar. É como situações da vida, cada uma adequa-se ao tal exacto momento que vivemos.

-parte seis-

Wednesday, May 21, 2008

O Monólogo da Mente Humana pt. V

O Monólogo Psicótico

Tu recuas como se tivesses medo de qualquer coisa que não existe, adulteras-me de modo a teres os teus sentidos mais apurados de alguma maneira. Já não te consigo controlar, só te posso ajudar-te a aventurar no desconhecido. – Épa! Mas aonde é que nos fomos meter? Alguém sabe como depois voltar? – não entres em pânico, é desnecessário, não sou eu que te vou indicar caminho algum, toda a memória a curto prazo tornou-se vaga e pouco concrecta, o tempo torna-se como os carrinhos de dar á corda, paras no tempo, e dás corda, e mais e mais e mais e mais, até que sentes que chega um ponto onde já não estagna mais o tempo, e aí deixas o carrinho partir. Tenho de processar horas de pura desconcentração de modo a tracejar um plano espaço-temporal que me diga porque estou aqui agora! – Então mas, o que é que estamos aqui a fazer? - Ri-se tudo como se estivessemos num circo, mas era mais um freak show, ninguem fazia malabarismos, era tudo visualmente apelativo e não tinha de existir por ventura nenhuma razão especial para debitar-mos décibeis de gargalhadas.

- Já vi que é inutil resistir, e realmente, o que interessa onde estamos quando o que importa é como estamos, deixem-me atestar outra vez a cabeça! – Mais uma vez zombificar-me para se demonstrar no aspecto fisico, mas pronto, tambem te estas nas tintas para o fisico por isso, porque não? Ahhhh o doce sabor da irrequietude anestesiada. Fazes-me cócegas cá dentro, fico dormentemente adormecido e sigo o roteiro sem destino. – Não! É parvo, as linhas horizontais que rasgam o céu, não são nuvens, são rastos humanos voadores que rompem e deixam a sua marca pela mastejidade imperial do reino dos céus. – Tudo fazia sentido sobre um plano de pensamentos complementares numa matéria sem nexo nenhum. Tinha de ser assim, toda a ligação entre o lógico e o real tinha apenas uma sombra de distância.

Deambulemos para ali, a serenidade visual que o retiro apresentava, desencadeava uma súbita vontade de pernacer horas em pura meditação fingida, só para eu descançar um bocadinho, focas o infinito mais próximo de ti e petrificas os movimentos ao ponto de so pestanejares. – Hey! Para ali! Há uma arvore ali! – Mas é só uma arvore... – Vá vamos, não vá aparecer ninguem para nos roubar o lugar! – Eh só nós compreendemos a iguaria que está presente dos nossos olhos, como costumam dizer, a beleza é subjectiva. – Ah, mas não querem vir? Então eu estou por ali, já nos encontramos de novo. – Quase semi concretizado o objectivo, só faltava a parte fulcral do processo. A arte de divagar. Nunca é verdadeiramente facil nem dificil nas determinadas alturas conseguir por tal acto em prática. Vês gente que anda, gente que não anda, gente que se senta, gente que fala, gente que come, gente que bebe, gente que fuma, gente que cai, gente que está frustrada por ter perdido algum objecto pessoal, gente que cái de novo, não gente a cagar no chão, gente a apanhar o cagalhoto dos não gente. É tudo muita gente mas ao mesmo tempo não são ninguem. Gente faz-me lembrar muitas pessoas, talvez da terriola, que cultiva batatas e cenouras. Estas pessoas não são gente, são seres vivos formatados cerebralmente desde a nascença até que morrem, vivem constantemente ligados a um canal de lavagem cerebral, como se tivessem umas antenas no topo da cabeça que captasse tudo o que é entulho e assimilassem como uma verdade irrefutável.

- (suspiro) – ... A vida não pode ser assim. Pelo menos creio que existam pequenas comunidades que vivem em harmonia sem toda a sujidade da sociedade. Nómadas sedentários que ficam para onde vão.

-parte cinco-